sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
.'. OS TEMPLÁRIOS .'.
A Tragédia da Ordem dos Cavaleiros do Templo, no Século XIV,
despertou nos Povos Latinos, a Verdadeira Consciência da Liberdade
No início de 1100, Hugo de Paynes e mais oito cavaleiros franceses, abrasados pelo fervor religioso e movidos pelo espírito de aventura tão comum aos nobres que buscavam nas Cruzadas - nos combates aos "infiéis" muçulmanos - a glória dos actos de bravura e a consagração da impavidez, abalaram rumo à Palestina levando no peito a cruz de Cristo e na alma um sonho de amor. Inspirados nas lendas célticas, constituíam-se os fiadores da fé, disputando a golpes de espada as relíquias sagradas que os fanáticos do Crescente retinham e profanavam.
Reinava em Jerusalém Balduíno II, que os acolheu e lhes destinou um velho palácio junto ao planalto do Monte Moriah, onde os montões de escombros, blocos de mármore e de granito, assinalavam as ruínas de um grande Templo. Eram as ruínas do TEMPLO DE SALOMÃO, o mais famoso santuário do século XI a.C., onde o génio artístico dos fenícios se revelava no rendilhado da pedra e na esbeltez das colunas monumentais, que sustinham nos seus extremos enormes abóbadas. Destruído pelos caldeus e reconstruído por Zorobabel, fora ampliado por Herodes em 18 antes de Cristo e, finalmente, arrasado pelas legiões romanas chefiadas por Tito, na tomada de Jerusalém. Foi neste Templo que se deu a tragédia de Hiran, cuja lenda a Maçonaria recolheu, incorporando-a num dos seus mais belos rituais. Exteriormente, antes da destruição pelos romanos, no ano 70 d.C., era, o Templo, circundado por dois extensos corredores excêntricos, ocupando um gigantesco quadrilátero em direcção ao Nascente, tendo à esquerda o átrio dos Gentios e à direita o dos Israelitas, além das estâncias reservadas às mulheres e aos magos sacerdotes, a que se seguia o Santuário propriamente dito, ao centro do qual ficava o Altar dos Holocaustos.
“Pobres Cavaleiros de Cristo" (assim se chamavam os precursores dos Templários) atraídos pela sensação do mistério que pairava sobre as venerandas ruínas, não tardou que descobrissem a entrada secreta que conduzia ao labirinto subterrâneo, só conhecido pelos iniciados nos mistérios da Cabala. E, entraram. Uma extensa galeria conduziu-os até junto de uma porta colossal chapeada a ouro, por detrás da qual devia estar o que durante dois milénios constituíra o maior Segredo da Humanidade. Pararam... Encimando a gigantesca porta, uma inscrição em caracteres hebraicos prevenia os profanos contra os impulsos da ousadia: SE É A MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA;
SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA, FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-TE DO MUNDO DOS VIVOS. Pálidos, os cavaleiros entreolharam-se e, pela primeira vez nas suas vidas, sentiram medo e desistiram. Pois não era a mera curiosidade que ali os conduzira ... ? Os " infiéis do Crescente " eram seres vivos e contra eles a cruz e a espada realizavam prodígios de valentia. Ali dentro, porém, não era a vida que palpitava e sim os aspectos da Morte, talvez deuses sanguinários ou potestades desconhecidas, contra as quais a força humana era impotente. Mas,... voltaram. Os reencontros sangrentos com os islamitas tornara-os insensíveis ao medo e, num certo dia, acicatados pelo desejo de conhecer a intimidade da Criação que a grande porta de ouro lhes ocultava, penetraram novamente na galeria dispostos a baterem-se com a própria morte. Hugo de Paynes, afoito, bateu com o punho da espada e bradou com voz potente: - EM NOME DE CRISTO, ABRI !!! E o eco das suas palavras repercutindo pelo emaranhado labirinto respondeu : " EM NOME DE CRISTO... ", enquanto a enorme porta, como se um ser invisível lhe movesse os fechos, rangeu os gonzos e escancarou aos olhos vidrados dos cavaleiros um gigantesco recinto ornado de figuras bizarras, delicadas umas e monstruosas outras, tendo ao Nascente um grande trono recamado de sedas e por cima um triângulo equilátero em cujo centro, em letras hebraicas marcadas a fogo, se lia o TETRAGRAMA YOD.
Junto aos degraus do trono e sobre um altar de alabastro, estava a " LEI " cuja cópia, séculos mais tarde, um Cavaleiro Templário, em Portugal, devia revelar à hora da morte, no momento preciso em que na Borgonha e na Toscana se descobriam os cofres contendo os documentos secretos que "comprovavam" a heresia dos Templários. A "Lei Sagrada" era a verdade de Jahveh transmitida ao patriarca Abraão. A par da Verdade divina vinha depois a revelação Teosófica e Teogâmica, a KABBALAH. Extasiados diante da majestade severa dos símbolos, os nove cavaleiros, futuros Templários, ajoelharam e elevaram os olhos ao alto. Na sua frente, o grande Triângulo, tendo ao centro a inicial do princípio gerador, espírito animador de todas as coisas e símbolo da regeneração humana, parece convidá-los à reflexão sobre o significado profundo que irradia dos seus ângulos. Ele é o emblema da Força Criadora e da Matéria Cósmica. É a Tríade que representa a Alma Solar, a Alma do Mundo e a Vida. É, a Unidade Perfeita.
Um raio de Luz intensa ilumina, então, aqueles espíritos obcecados pela ideia da luta e devotados à supressão da vida dos seres humanos que não comungam os mesmos princípios religiosos que os levou à Terra Santa.
Ali estão representadas as Trinta e Duas Vidas da Sabedoria que a Kabbalah exprime em fórmulas herméticas, e que são propostas ao entendimento humano. Simbolizando o Absoluto, o Triângulo representa o Infinito, Corpo, Alma e Espírito, Fogo, Luz e Vida. Uma nova concepção, que pouco a pouco dilui e destrói a teoria exclusivista da discriminação das divindades, se apossa daqueles espíritos, até então mergulhados em ódios religiosos e os chama à Tolerância, ao Amor e à Fraternidade entre todos os seres humanos. A Teosofia da Kabbalah, exposta sobre o Altar de alabastro onde os iniciados prestavam juramento, dá aos Pobres Cavaleiros de Cristo a chave interpretativa das figuras que adornam as paredes do Templo. Na mudez estática daqueles símbolos há uma alma que palpita e convida ao recolhimento.
Abalados na sua crença de um Deus feroz e sanguinário, os futuros Templários entreolham-se e perguntam-se: Se todos os seres humanos provêm de Deus, que os fez à sua imagem e semelhança, como compreender que os homens se matem mutuamente em nome de vários Deuses ?
Com quem está a verdade ?
Entre as figuras mais bizarras que adornavam o majestoso Templo, uma em especial chamara a atenção de Hugo de Paynes e dos seus oito companheiros: na testa ampla, um facho luminoso parecia irradiar inteligência; e, no peito, uma cruz sangrando acariciava, no cruzamento dos braços, uma Rosa encantadora. A cruz, era o símbolo da imortalidade; a rosa, o símbolo do princípio feminino. A reunião dos dois símbolos, era a ideia da Criação. E, foi essa figura monstruosa e atraente, que os nove cavaleiros elegeram para emblema das suas futuras cruzadas.
Quando em 1128, Hugo de Paynes - primeiro Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros do Templo - se apresentou no Concílio de Troyes, a concepção dos Templários acerca da ideia de Deus, já não era “muito católica”. A divisa, inscrita no estandarte negro da Ordem, "Non nobis, Domine, sed nomini tuo ad Gloria" não era uma sujeição à Igreja, mas uma referência à inicial que, no centro do Triângulo, simbolizava a unidade perfeita: YOD. Cavaleiros portugueses, italianos, francos, normandos e germânicos, acudiram a engrossar as fileiras da Ordem que, dentro em pouco, se convertia na mais poderosa Ordem do século XII.
Mas, a Ordem tornara-se tão opulenta de riquezas, tão influente nos domínios da cristandade, que o Rei de França (Filipe IV, o Belo), apelou ao Papa para a criação de uma Bula que confiscasse todas as suas riquezas e enviasse os Cavaleiros para as "Santas" fogueiras da Inquisição. Filipe estava atento. E, não o preocupava as interpretações heréticas, o gnosticismo. Não foi, portanto, a mistagogia que gerou a cólera do Rei de França e que causou o monstruoso processo contra os Templários. Foi a rapacidade de um monarca falido, para quem a religião era um meio e a riqueza um fim.
Malograda a posse da Palestina pelos Cruzados, pelo retraimento da Europa Cristã e pela supremacia dos turcos muçulmanos, os Templários regressam ao Ocidente, aureolados pela glória obtida nas batalhas. Essas batalhas, se não consolidaram o domínio dos Cristãos na Terra Santa, provocaram, contudo, a admiração dos muçulmanos, influindo sobre a moral dos Mouros que ocupavam parte da Península Ibérica. Inicia-se entre os Templários o culto de um gnosticismo ecléctico que admite e harmoniza os princípios de várias religiões, conciliando o politeísmo na sua essência, com os mistérios mais profundos do cristianismo. São instituídas regras iniciáticas que se estendem por sete graus, que vieram a ser adoptados pela Maçonaria (três elementares, três filosóficos e um cabalístico), denominados "Adepto", "Companheiro", "Mestre Perfeito", "Cavaleiro da Cruz", "Intendente da Caverna Sagrada", "Cavaleiro do Oriente" e "Grande Pontífice da Montanha Sagrada".
A Caverna Sagrada, era o lugar Santo onde se reuniam os cavaleiros iniciados. Tinha a forma de um quadrado perfeito. O ORIENTE, representava a Primavera, o Ar, Infância e a Madrugada. O MEIO DIA (Sul), o Verão, o Fogo e a Idade adulta. O OCIDENTE, o Outono, a Água, o Anoitecer. O NORTE, a Terra, o Inverno, a Noite. Eram as quatro fases da existência. O Fogo no MEIO DIA simbolizava a verdadeira iniciação, a regeneração, a renovação, a chama que consumia todas as misérias humanas e, das cinzas purificadas, retirava uma nova matéria isenta de impurezas e imperfeições. No ORIENTE, o Ar da Madrugada vivificando a nova matéria, dava-lhe o clima da Primavera onde a Natureza desabrochava em florações luxuriantes magníficas, acariciando a Infância. Vinha depois o OUTONO, o Anoitecer, o amortecer da vida, a que a Água no OCIDENTE alimentava os últimos vestígios desta existência. O NORTE, marca o ocaso da Vida. A Terra varrida pelas tempestades e coberta pela neve, que desolam e que matam, é o Inverno que imobiliza, que entorpece e que conduz à noite fria, a que não resiste a debilidade física, a que sucumbe a fragilidade humana. E, é no contraste entre o Norte e o Meio Dia que os Templários baseiam o seu esoterismo, alertando os iniciados da existência de uma segunda vida. Nada se perde. Tudo se transforma.
. . . vai ser iniciado um "Cavaleiro da Cruz" (grau 4).
O Grande Pontífice da Montanha Sagrada empunha a Espada da Sabedoria, e toma lugar no Oriente. Ao centro do Templo, num pedestal que se eleva por três degraus, está a grande estátua, símbolo da reunião de todas as forças e de todos os princípios (Masculino e Feminino, Luz e Trevas, ...). No peito amplo da estranha e colossal figura, a Cruz, sangrando, imprime à Rosa Branca um róseo alaranjado que pouco a pouco toma a cor de sangue. É a vida que brota da união dos princípios opostos. Por cima da Cruz, a letra "G". O iniciado, Mestre Perfeito, já conhece o significado dessa letra.
"A Catequese Cristã é apenas, como o leite materno, uma primeira alimentação da Alma; o sólido banquete é a Contemplação dos Iniciados, carne e sangue do Verbo, a compreensão do Poder e da Quintessência divina". "O Gnóstico é a Verdadeira Iniciação. A Gnose é a firme compreensão da Verdade Universal que, por meio de razões invariáveis, nos leva ao conhecimento da Causa...". " Não é a Fé, mas sim a Fé unida às Ciências, a que sabe discernir a verdadeira da falsa doutrina. Fiéis são os que apenas, literalmente, crêem nas escrituras. Gnósticos, são os que, aprofundando o sentido interior, conhecem a verdade inteira". " Só o Gnóstico é, por essência, piedoso ". " O homem não adquire a verdadeira sabedoria, senão quando escuta os conselhos duma voz profética que lhe revela a maneira porque foi, é e será tudo quanto existe."
O Gnosticismo dos Templários é uma nova mística, que ilumina os Evangelhos e que os interpreta à Luz da Razão Humana.
O Mestre Perfeito, entra de olhos vendados. Ajoelha e faz a sua prece:
" Grande Arquitecto do Universo Infinito, que lês em nossos corações, que conheces os nossos pensamentos mais íntimos, que nos dás o livre arbítrio para que escolhamos entre a estrada da Luz e a das Trevas". " Recebe a minha prece e ilumina a minha alma para que não caia no erro, para que não desagrade à Vossa soberana vontade ". " Guiai-me pelo caminho da Virtude e fazei de mim um ser útil à Humanidade ".
Acabada a prece, o candidato levanta-se e aguarda as provas rituais que hão-de conduzi-lo à meta da Verdade.
O GRANDE PONTÍFICE TEMPLÁRIO interroga o candidato a "Cavaleiro da Cruz" em tom afectivo e paternal: " Meu Irmão, a nossa Ordem nasceu e cresceu para corrigir toda a espécie de imperfeição humana". " A nossa consciência é que é o juiz das nossas acções. A ignorância é o verdadeiro pecado. O inferno é uma hipótese, o céu uma esperança". "Chegou o momento de trocarmos as arma homicidas, pelos instrumentos da Paz entre os Homens. A missão do Cavaleiro da Cruz é amar o próximo como a si mesmo. As guerras de religião são monstruosidades causadas pela ignorância, geradas pelo fanatismo. As energias activas, devemos orientá-las no sentido do Amor e da Beleza; mas, não se edifica uma obra de linhas esbeltas sem um sentimento estético apolíneo, que só se adquire pelo estudo que conduz ao aperfeiçoamento moral e espiritual".
“Respondei-me, se sois um Mestre Perfeito Templário". "Acreditais na ressurreição física de Cristo?" " Não ! ". " Acreditais que a morte legal absolve o assassino ? Que o Soldado não é responsável pelo sangue que derrama ? ” " Não acredito ! ". " Atentai agora, nas palavras do Cavaleiro do Ocidente, que vos dirá os sentidos que imprimimos ao Grau de Cavaleiro da Cruz ". " A Ordem do Templo criou uma doutrina e adquiriu uma noção da moral humana, que nem sempre se harmoniza com as concepções teológicas cristãs, apresentadas como verdades indiscutíveis. Por isso nos encontramos aqui, em carácter secreto, para nos concentrarmos nos estudos transcendentes por meio dos quais chegaremos à Verdadeira Harmonia ". " As boas obras dependem das boas inclinações da vontade, que nos pode conduzir à realização das boas acções ”.
" A Ciência deu-nos meios de podermos aperfeiçoar a Moral dos antigos, mas a inteligência diz-nos que além da Ciência existe a Harmonia Divina ". " Das acções humanas, segundo Platão, deverá o homem passar à Sabedoria, para lhe contemplar a Beleza ”.
Findas as provas, o iniciado dirigia-se para um Altar, onde o Sacrificador lhe imprimia o Fogo sobre o coração, o emblema dos Cavaleiro do Templo.
Foi esta ritualização, que influiu para que a " Divina Comédia " de Dante, fosse o que realmente é: uma alegoria metafísico-esotérica onde se retratam as provas iniciáticas dos Templários. Na DIVINA COMÉDIA, cada Céu representa um Grau de iniciação Templário. Em contraste com o Inferno, que significa o mundo profano - o verdadeiro Purgatório onde devem lapidar-se as imperfeições humanas - vem o Último Céu, a que só ascendem os espíritos não maculados pela maldade, isentos de paixões mesquinhas, dedicados à obra do Amor, da Beleza e da Bondade. É lá, o zénite da Inteligência e do Amor.
A doutrina iniciática da Ordem do Templo compreende a síntese de todas as tradições iniciáticas, gnósticas, pitagóricas, árabes e hindus, onde perpassam, numa visão Cósmica, todos os símbolos dos grandes e pequenos mistérios e das Ciências Herméticas. A Divina Comédia, foi o cronista literário da Ordem dos Cavaleiros do Templo.
Os Templários receberam da Ordem do Santo Graal o esquema iniciático e a base esotérica que serviu de base para o seu sistema gnóstico. Pois, o que era a Cavalaria Oculta do Santo Graal senão um sistema legitimamente Maçónico, ainda mal definido, mas já adaptado aos princípios da Universalização e da Fraternidade Humana? O Santo Graal significava a taça de que se serviu Jesus Cristo na ceia com os discípulos e na qual, José de Arimathéa teria aparado o sangue que jorrava da ferida de Cristo, produzida pela lança do centurião romano. Era a Taça Sagrada, que figurava em todas as cerimónias iniciáticas das antigas Ordens de Cavaleiros que possuíam graus e símbolos misteriosos e que a Maçonaria adoptou nalguns ritos. Os Templários adoptavam-na na iniciação dos Adeptos e dos Cavaleiros do Oriente, mas ela já aparece nas lendas do Rei Arthur, nos romances dos Cavaleiros da Távola Redonda, que eram de origem céltica, e na própria Igreja Católica, que a introduziu nas missas.
. . .
A Ciência dos Números tinha para os Templários um significado profundo. Os Grandes Iniciados, como os Filósofos do Oriente, descobriram os mais íntimos segredos da natureza por meio dos números, que consideravam agradáveis aos Deuses. O grande alquimista
Paracelso dizia que os números continham a razão de todas as coisas. Eles estavam na voz, na alma, na razão, nas proporções e nas coisas divinas. A Ordem dos Cavaleiros do Templo, cultivava a Ciência dos Números no Grau de Cavaleiro do Oriente, ensinando que a Filosofia Hermética contava com TRÊS mundos: o elementar, o celeste e o intelectual. Que no Universo havia o espaço, a matéria e o movimento. Que a medida do tempo era o passado, o presente e o futuro; e, que a natureza dispunha de três reinos: animal, vegetal e mineral; que o homem dispunha de três poderes harmónicos: o génio, a memória e a vontade. A sua concepção em relação a Deus, o Grande Arquitecto do Universo, era Sabedoria, Força e Beleza. Tudo isto provinha do Santo Graal, a que os Templários juntavam que, em política, a grandeza, a duração e a prosperidade das nações se baseavam em três pontos primordiais: Justiça dos Governos, Sabedoria das Leis e Pureza dos Costumes. Era nisso que consistia a arte de governar os povos.
O Triângulo, encontrado no Templo de Salomão, era uma figura geométrica constituída pela junção de Três linhas e a letra YOD, no centro, significava a sua origem divina. Todas as grandes religiões também têm como número sagrado o Três. A Católica, exprimindo-o nas pessoas da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), nos dias que Cristo passou no sepulcro, nos Reis Magos, e nas vezes que São Pedro negou o Mestre. Nos Grandes Mistérios Egípcios, temos a Grande Trindade formada por Ísis, Osíris e Hórus. Entre os Hindus temos a Trimurti, constituída por Brahama, Shiva e Vishnu, personificando a Criação, a Conservação e a Destruição. Em todas elas, como no racionalismo, encontramos como elementos vitais a Terra, a Água e o Sol. Foi, portanto, baseada nas grandes Religiões e no Gnosticismo dos Templários, que por sua vez se inspirou no da Cavalaria Oculta do Santo Graal, que a Maçonaria adoptou como símbolo numerológico de vários graus o número três, que se vai multiplicando na vida maçónica, dos iniciados até á conquista da Sabedoria, da Força e da Beleza.
Apenas os profundamente convictos, isentos de dúvidas e fortes na sua crença de que acima da natureza só existia a própria natureza evoluída, é que recebiam a consagração da investidura do Grau.
" A natureza mortal procura quanto pode, para se tornar imortal. Não há, porém, outro processo senão o do renascimento que substitui um novo indivíduo a um indivíduo acabado". " Com efeito, apesar de se dizer do homem que vive do nascimento até à morte e que é o mesmo durante toda a vida , a verdade é que não o é, nem se conserva no mesmo estado, nem o compõe a mesma matéria ". " Morre e nasce sem cessar, nos cabelos, na carne, nos ossos, no sangue, numa palavra: em todo o seu corpo e ainda na sua alma ". " Hábitos, opiniões, costumes, desejos, prazeres, jamais se conservam os mesmos. Nascem e morrem continuamente ". " E, aquele que acaba, deixa em seu lugar um outro semelhante .
Todos os mortais participam da imortalidade. No corpo e em tudo o mais ”
Nota Final:
Às 3 da manhã, de 13 de Outubro de 1307, agentes do rei Filipe IV com a autorização do Papa, atacaram. Num assalto fulminante, acusaram e prenderam vários milhares de Templários por toda a França.
Mas, quando entraram no Castelo do Templo em Paris, sede geral da Ordem, descobriram que todos os documentos e o tesouro tinham sido removidos.
Também tentaram capturar a frota Templária - a maior da Europa - que estava atracada em La Rochelle. Mas, uma vez mais se frustrou a intenção: a frota já tinha partido.
Até hoje, a vasta riqueza dos Templários não foi encontrada; nem tão pouco foi descoberto para que porto seguiu a frota, ou onde atracou.
Gil Eanes, M\M\ (n.s.)
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
.'. A MAÇONARIA E O ANTIGO EGIPTO .'.
Esta secção refere-nos a ligação entre a Maçonaria e o Antigo Egipto, que tem largamente sido relatada através de lendas, como a do assassínio do mestre Hiram Abiff. Sempre que seja propício, novos artigos serão publicados, tentando estabalecer uma relação mais concreta entre ambos.
I – O ASSASSÍNIO DE HIRAM ABIFF
"A lenda do Mestre Construtor [Hiram Abiff] é a grande alegoria maçónica. Na realidade, a sua história figurativa é baseada numa personalidade das Sagradas Escrituras, mas os seus antecedentes históricos são de acontecimentos e não da essência; o significado reside na alegoria e não em qualquer facto histórico que possa estar por detrás."
- A.E. Waite, New Encyclopedia of Freemasonry
A lenda de Hiram Abiff está intrinsecamente ligada às origens do Templarismo Germânico. "Alguns deste manuscritos do século XVII [preservando as 'Old Charges'] não se referem a Hiram Abif, o que levou alguns a crer que esta «personagem» seria uma invenção de um período mais recente. Todavia, o nome Hiram Abif era meramente uma das designações desta figura fulcral; ele é também mencionado como sendo Aymon, Aymen, Amnon, A Man ou Amen e, por vezes, Bennaim. É dito que Amen é a palavra hebraica para 'aquele em que se confia' ou 'o crente', o que se aplica perfeitamente ao papel de Hiram Abiff. Mas é também sabido que Amon or Amen é o nome do deus ancestral da criação de Thebas, a cidade de Sequenere Tao II. Poderá aqui existir uma ligação ancestral?"
- Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus.
Para o construtor iniciado, o nome Hiram Abiff significa 'Meu Pai, o Espírito Universal, uno em essênciao, três em aparência.'
Ainda que o Mestre assassinado seja o estereotipo do Mártir Cósmico - O Espírito crucificado do Bem, o Deus moribundo - cujo Mistério é celebrado por todo o mundo."
"Os esforços levados a cabo para descobrir a origem da lenda de Hiram demonstram que, apesar da forma relativamente moderna de representação da lenda, os seus princípios fundamentais remontam a uma longínqua Antiguidade. É habitualmente reconhecido pelos estudiosos maçónicos que a história do martirizado Hiram é baseada em antigos rituais egípcios do deus Osiris, cuja morte e ressurreição retratam a morte espiritual do Homem e sua regeneração através da iniciação nos Mistérios. Hiram é também identificado com Hermes através da inscrição na Placa de Esmeralda"
- Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian Symbolical Philosophy
"De acordo com as Escrituras, Hiram não era um arquitecto, mas um mestre no trabalho do latão e bronze. Ele não terá sido assassinado, mas terá vivido para ver o templo construido, tendo então regressado à sua terra natal."
- Baigent & Leigh, The Temple and the Lodge
"A única explicação razoável para se ter chegado ao verdadeiro nome do heroi maçónico é que Hiram significava 'nobre' or 'real' em Hebreu, enquanto Abiff foi identificado como sendo francês antigo para 'o que se perdeu', originando uma descrição literal de 'o rei que se perdeu'."
- Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus
A identificação de Hiram Abif como sendo Sequenere baseia-se no crânio da múmia, o qual parece ter sido esmagado por três golpes aguçados, como os que foram deferidos em Hiram Abif. E quanto aos assassinos descritos no folclore maçónico como Judeus? Knight e Lomas sugerem que estes serão dois dos irmãos expatriados de José, Simeon e Levi, auxiliados por um jovem padre de Thebast. Como prova, Knight e Lomas apontam a múmia encontrada ao lado da de Sequenere. O corpo não embalsamado pertencia a um jovem que morreu com os orgãos genitais cortados, e com um estertor de agonia no rosto. Teria ele sido enterrado vivo como castigo pelo seu crime?
"Os rituais maçónicos referem Hiram Abif como o 'Filho da Viúva'... na lenda egípcia, o primeiro Horus foi concebido após a morte de seu pai, pelo que a mãe já era viúva mesmo antes da concepção. Parece lógico que, todos os que, daí em diante, se tornaram Horus, i.e., os reis do Egipto, se apelidaram de 'Filho da Viúva'" [ver «Isis, the Black Virgin» para mais informação.]
- Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus.
II - THOTH E ENOCH
"No antigo Egipto, aos engenheiros, projectistas, e maçons que trabalhavam nos grandes projectos arquitectónicos era concedido um estatuto especial. Eram organizados em corporações (ou associações) de elite..."
"Foram encontradas, pelo arqueólogo Petrie, provas da existência dessas corporações especiais, durante as suas expedições ao deserto do Líbano em 1888 e 1889. Nas ruínas de uma cidade construída por volta de 300 a.C., a expedição do dr. Petrie descobriu diversos registos em papiro. Uma parte descrevia uma corporação que mantinha reuniões secretas por volta de 2000 a.C.. A corporação reunia-se para discutir o nº de horas de trabalho, salários e regulamentos do trabalho diário. Reunia-se num local de culto e providenciava apoio a viúvas, orfãos e trabalhadores em dificuldades. Os deveres organizacionais descritos nos papiros são extremamente semelhantes áqueles atribuidos ao 'Vigilante' e 'Venerável' num ramo moderno da....Maçonaria."
- William Bramley, The Gods of Eden
"Eu sou o grande Deus na barca divina... sou um simples padre no inferno da sagração de Abido, subindo a degraus mais altos da Iniciação... sou o Grande Mestre dos artífices que elevaram o arco sagrado como suporte."
- Thoth to Osiris, The Egyptian Book of the Dead
"De acordo com uma velha tradição maçónica, o Deus egípcio Thoth 'teve grande participação na preservação do conhecimento do ofício maçónico e na sua transmissão á humanidade após as grandes cheias...'"
- David Stevenson, The Origins of Freemasonry
"O autor de um estudo académico bem fundamentado [The Origins of Freemasonry]... chegou ao ponto de dizer que, no ínicio, os Maçons consideravam Thoth como o seu patrono."
"O Livro de Enoch foi sempre de grande significado para a Maçonaria, e... certos rituais anteriores à época de Bruce (1730-1794) identificavam Enoch com Thoth, o Deus egípcio da Sabedoria." Na Royal Masonic Cyclopaedia há uma entrada referindo que 'Enoch é o inventor da escrita', 'que ensinava aos homens a arte da construção' e que, antes das cheias, ele 'temia que os verdadeiros segredos se perdessem - para o prevenir este escondeu o Grande Segredo, gravado numa pedra de pórfiro e enterrado nas entranhas da Terra'."
- Graham Hancock, The Sign and the Seal.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
.'. A ÁGUIA DE LAGASH .'.
A "Águia de Duas Cabeças de Lagash" é o mais antigo brasão do Mundo:. Nenhum outro simbolo emblemático no Mundo pode rivalizar em antiguidade:. A sua origem remonta à antiquíssima Cidade de Lagash:. Era já utilizado há cerca de mil anos antes do Êxodo do Egipto, e há mais de dois mil anos quando foi construído o Templo do Rei Salomão:.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
.'. CONSTITUIÇÕES MAÇÓNICAS PORTUGUESAS .'.
Definições de Maçonaria segundo as Constituições Maçónicas Portuguesas
1806: não tem
1821: não tem
1840: "A Ordem da Maçonaria Lusitana é uma associação de homens livres que tem por fim o exercício da beneficência, a prática de todas as virtudes e o estudo da moral universal, das ciências e das artes." (art. 1º)
1850: "A Ordem da Maçonaria Portuguesa é uma associação de homens livres, sujeitos às leis; que tem por objecto o exercício da beneficência, o estudo da moral universal, das ciências e artes, e a prática de todas as virtudes." (art. 1º)
1867: "A Maçonaria subordinada ao Grande Oriente Português tem por dogmas fundamentais: a crença religiosa, os deveres da família e o amor da humanidade. Os seus fins são:
•I - Tributar amor e respeito ao Supremo Arquitecto do Universo;
•II - Propagar os conhecimentos tendentes a desenvolver a moral universal e a prática de todas as virtudes;
•III - Melhorar a condição social do homem por todos os meios lícitos, e especialmente pela instrução, pelo trabalho e pela beneficência.
§ único. Em conformidade com os princípios fundamentais da Ordem, não admite nem tolera no seu seio discussões sobre matérias políticas ou religiosas." (art. 2º)
1871: "A Maçonaria é uma associação de homens unidos pelos laços de amizade fraternal, que têm por fins estimular-se reciprocamente na prática das virtudes morais e sociais." (art. 1º)
"[...] tem por bases fundamentais a crença religiosa, o amor da família, da pátria e da humanidade; e por principal divisa a tolerância, empregando para a satisfação dos seus fins morais e sociais os seguintes meios:
•1º A propagação dos conhecimentos tendentes a desenvolver a moral universal e a prática de todas as virtudes;
•2º O melhoramento da condição social do homem pela instrução, pelo trabalho, pela protecção e pela beneficência." (art. 2º)
1872: igual à de 1871
1878: "A Maçonaria é uma associação de homens liberais, unidos pelos laços do amor fraternal: tem por prática todas as virtudes morais e sociais, e por fim a ilustração da humanidade." (art. 1º)
"[...] tem por bases fundamentais - a crença religiosa, o amor da família, da humanidade e da pátria, bem como da defesa da independência nacional; e por divisa a tolerância; empregando para o cumprimento dos seus fins morais e sociais os seguintes meios:
•1º A propagação dos conhecimentos tendentes a desenvolver a moral universal e a prática de todas as virtudes;
•2º O melhoramento da condição social do homem pela instrução, pelo conselho, pelo trabalho, pela protecção e pela beneficência." (art. 2º)
1886: "A Maçonaria é uma associação de fraternidade universal que tem por bases fundamentais a crença religiosa, o amor da família, da Humanidade e da Pátria, e por fim combater a ignorância sob todas as suas formas; é uma escola mútua da qual o programa se resume em obedecer às leis do país, viver honradamente, praticar a justiça, amar o seu semelhante e trabalhar sem descanso para a felicidade do género humano pela sua emancipação progressiva e pacífica." (art. 1º)
"A Maçonaria é franca aos homens de todas as nacionalidades, de todas as raças e de todas as crenças, contanto que tenhas as condições adiante declaradas. É, por consequência, proibido nas suas reuniões toda a discussão sobre política ou religião. A Maçonaria considera o trabalho como uma das primeiras obrigações do homem e impões a cada um dos seus membros este imperioso dever, condenando a ociosidade voluntária. Os associados são, deste modo, considerados e reconhecidos como obreiros e tratados entre si e entre a família maçónica como irmãos." (art. 2º)
1895: "A Maçonaria é uma instituição secreta e ritualista que, sem servir classe determinada, tem por fim realizar praticamente, pela comunhão de esforços dos seus adeptos, o melhoramento e aperfeiçoamento das condições materiais, morais e intelectuais da sociedade. Trabalha, portanto na investigação e propaganda da verdade, no estudo e prática da moral e da solidariedade humana. Tem por princípios a tolerância mútua, o respeito pelos outros e por si próprio, e a liberdade absoluta de consciência. Tem por timbre: Honra, Verdade, Justiça. Tem por divisa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade." (art. 1º)
"A Maçonaria respeita todas as crenças religiosas e políticas de todos os seus membros sem, todavia, excluir das suas discussões o estudo e análise da política geral científica, e da filosofia e história das religiões, como ramos especiais da sociologia. Lembra a todos os seus membros, como um dos seus primeiros deveres de maçon e de cidadão, o respeito às leis da sua pátria, emanadas dos poderes legítimos, representativos da vontade da Nação." (art. 2º)
"A Maçonaria considera a obrigação do trabalho como uma das leis imperiosas da humanidade, honrando igualmente o trabalho manual e o intelectual; impõe-no a cada qual segundo as suas forças, proscrevendo conseguintemente a ociosidade voluntária." (art. 3º)
"Como a Maçonaria aspira a estender a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons entre si por toda a superfície do globo, aconselha a todos os seus membros a propaganda maçónica, pelos meios ao seu alcance que não envolvam quebra de sigilo maçónico. A Maçonaria abomina todo o procedimento de violência em que a força se preeleve ao direito, e procurará, tanto quanto possível, actuar no mundo profano no sentido de realizar as suas aspirações." (art. 4º)
"A todo o maçon se impõe o dever de auxiliar, esclarecer e proteger, em todas as circunstâncias, ainda mesmo em risco de vida, o seu irmão, e defendê-lo contra a injustiça e adversidade." (art. 5º)
"A Maçonaria, que significa um grau de perfeição em quem a professa, quer que o homem seja ilustrado, moral e livre. Ilustrado, para que possa, sem necessidade de conselheiros e de tutores, e portanto de per si próprio, distinguir entre a verdade e o erro, e concorrer determinadamente à obra de progresso em que prossegue a humanidade, tarefa principalmente reservada às classes mais instruídas. Moral, para que, compreendendo também por si próprio, o que é o mal e o que é o bem, cumpra pelo seu impulso individual o fim da sua vida, que consiste em realizar o bem, que é alguma coisa mais do que não praticar o mal, e poder assim grangear a felicidade, só acessível àquele que tem a consciência de haver sempre cumprido com os seus deveres. Livre, porque sem liberdade não há responsabilidade, a condição mais bela da vida, nem dignidade pessoal, nem meio, nem maneira de afirmar integralmente a personalidade humana." (art. 6º)
"Como consequência a última afirmação, a Maçonaria proclama a liberdade política, pois para a Maçonaria não há liberdade sem o reconhecimento dos direitos individuais e a prática do sufrágio universal. Esses direitos políticos, ao converterem o homem em cidadão, afirmam a igualdade, e constituem a fraternidade, bases e fundamentos da instituição." (art. 7º)
"Os fins da Maçonaria são todos universais. Por isso, os maçons de todos os povos constituem uma só e a mesma família, e os seus membros têm o nome de irmãos." (art. 8º)
1897: "A Maçonaria é uma instituição ritualista, filosófica, filantrópica e progressiva." (art. 1º)
"A Maçonaria procura realizar aperfeiçoamentos morais, materiais e intelectuais no indivíduo, na família, na pátria e na humanidade; portanto, tem como preceitos fundamentais: o estudo, a prática austera da solidariedade, das virtudes sociais e privadas, e do trabalho." (art. 2º)
"Como princípios, professa: franca e mútua tolerância; a liberdade de consciência; o respeito pela dignidade humana, por si próprio e pelos outros." (art. 3º)
"Da liberdade de consciência promana o respeito por todas as crenças religiosas e políticas; sendo porém, da sua missão, o estudo da moral universal e das ciências, não exclui das suas discussões a análise da política geral, como ramo de conhecimentos importantes, e a da filosofia e história das religiões, como estudo que à sociologia interessa. Como consequência do livre exame, não aceita afirmações dogmáticas." (art. 4º)
"Dentro da sua órbita serena e pacífica, a Maçonaria Portuguesa considera dever dos seus membros acatar a vontade legítima da Nação, quer manifestada no Parlamento pelos seus legítimos representantes, quer franca e expontaneamente proclamada por qualquer das formas determinadas pelas leis ou consagradas pela história." (art. 5º)
"Como timbre inscreve a Maçonaria no seu código fundamental: Justiça, Verdade, Honra, Progresso." (art. 6º)
"Por divisa, honra-se com a que consagrou os direitos do homem na sublime trilogia dos povos que rasganram as trevas dos tempos bárbaros: Liberdade; Igualdade; Fraternidade." (art. 7º)
"Condenando a opressão sob todas as suas formas, proclama o direito nas suas justas manifestações; portanto, procura actuar no mundo profano, para que o direito prevaleça sobre todos os caprichos humanos e sobre a força." (art. 8º)
"Por isso, a todo o Maçon se impõe o dever de auxiliar, esclarecer e proteger os fracos e, em todas as circunstâncias, com risco da própria vida, o seu Irmão que sempre defenderá contra as injustiças e contra a adversidade." (art. 9º)
"Livre e responsável, o Maçon tem por virtudes todas as acções antagónicas do vício e da ociosidade." (art. 10º)
"Como afirmação de liberdade, não pode o Maçon excluir os direitos individuais e, portanto, proclama a liberdade política; como, porém, os direitos políticos convertem o homem em cidadão, daí resulta o princípio da igualdade perante as leis, que facilmente conduz à fraternidade entre os homens." (art. 11º)
"Como manifestação de fraternidade, tem por dever socorrer os seus semelhantes nos transes difíceis da vida." (art. 12º)
"Universais são os fins da Maçonaria, portanto os Maçons de todos os povos constituem uma e a mesma família e os seus membros dão-se o tratamento de Irmãos." (art. 13º)
1898: "A Maçonaria é uma instituição social e filosófica que, assentando no mais perfeito altruísmo, exercita a prática constante da fraternidade entre todos os seus adeptos, sem distinção de nacionalidade ou de crenças religiosas. Na íntegra compreensão e prática destes princíprios fundamentais, a Maçonaria acata a mais absoluta tolerância e a máxima liberdade de consciência; recomenda e evangeliza o mais profundo amor de família em particular, e da pátria e humanidade em geral, e aceita sob qualquer forma externa a verneração do Supremo Arquitecto do Universo, como o Ente Necessário Absoluto para o qual tendem todas as religiões." (art. 1º)
"Assim compreendida e executada, a Maçonaria preenche cabalmente a sua função social; isto é, a emancipação pacífica e progressiva da humanidade, a melhoria de condições materiais e morais da vida do homem, tanto na ordem espiritual pelo derramamento de instrução, como na ordem material pelo exercício da beneficência. Daqui lhe vem, como natural consequência, a necessidade de estudar os problemas sociais e económicos, cuja solução importe para o homem o melhoramento das condições de sua vida para a integral realização do supremo ideal de perfectibilidade." (art. 2º)
1907: "A Maçonaria é uma instituição essencialmente humanitarista, procurando realizar as melhores condições de vida social." (art. 1º)
"A sua forma é ritualista." (art. 2º)
"A Maçonaria é livre-pensadora na essência, mas deixa livre aos seus adeptos qualquer opinião pública ou confissão religiosa." (art. 3º)
"A Maçonaria exige o máximo altruísmo, o sacrifício de quaisquer interesses materiais e morais ao bem-estar dos semelhantes e procura a abolição gradual de todas as fórmulas que denotem superioridades sociais ou distinções de classes." (art. 4º)
"A Maçonaria esforça-se por estender a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons sobre a superfície do globo. Recomenda aos seus adeptos a propaganda pelo exemplo e pela palavra falada e escrita, sob reserva da observância do sigilo maçónico." (art. 5º)
"A Maçonaria considera o trabalho como um dever essencial ao homem, e honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual." (art. 6º)
"A Maçonaria é uma instituição universal, variando, porém, a sua organização conforme as condições dos povos em que se acha estabelecida. Todos os maçons constituem uma e a mesma família e dão-se o tratamento de irmãos, sendo iguais perante a lei, sem nenhuma distinção de nacionalidade, classe, sexo ou idade." (art. 7º)
1912: "A Maçonaria é uma instituição essencialmente humanitária, procurando realizar as melhores condições da vida social." (art. 1º)
"A sua forma é ritualista." (art. 2º)
"A Maçonaria não se subordina a nenhuma escola ou facção filosófica, política ou religiosa." (art. 3º)
"A Maçonaria exige o máximo altruísmo, o sacrifício de quaisquer interesses materiais e morais ao bem-estar dos semelhantes, e procura a abolição gradual de todas as fórmulas que denotem superioridades sociais ou distinções de classes." (art. 4º)
"A Maçonaria esforça-se por estender a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons sobre a superfície do globo. Recomenda aos seus adeptos a propaganda pelo exemplo e pela palavra falada e escrita, sob reserva da observância do sigilo maçónico." (art. 5º)
"A Maçonaria considera o trabalho como um dever essencial ao homem, e honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual." (art. 6º)
"Sendo universais os funs da Maçonaria, os maçons de todos os países formam uma só família, dando-se entre si o tratamento de irmãos, sendo iguais perante a lei, sem nenhuma distinção de raça, nacionalidade, classe, sexo ou idade." (art. 7º)
"A Maçonaria tem como deveres fundamentais a Justiça, a Verdade e a Solidariedade e como divisa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade." (art. 8º)
1914: "A Franco-Maçonaria é um instituição cosmopolita, igualitária e essencialmente tolerante e progressiva. Firmada sobre bases comuns, divide-se em regiões correspondentes a cada território político, mas aliada e solidária em toda a superfície da Terra. Reconhece como base da educação e ensino as prescrições morais dos "antigos deveres dos franco-maçons" e como meios: o uso do simbolismo extraído da Arte da Arquitectura; a instrução mútua sobre os interesses superiores da humanidade; a educação pelos sentimentos da Amizade e da Solidariedade, e a emulação no cumprimentos do dever social, pelos bons exemplos pessoais e pelo mais amplo exercício da Filantropia. Assegura aos seus agremiados a liberdade de consciência e o livre exame, de crença e de pensamento; repele todo o entrave a estas liberdades, respeitando todas as convicções sinceras e não admitindo ligações com qualquer política partidária ou seita religiosa. A sua divisa é: Liberdade-Igualdade-Fraternidade. Em conformidade com estes princípios os maçons tratam-se mutuamente como irmãos." (art. 1º)
"A Maçonaria Portuguesa afirma a sua completa solidariedade aos princípios e tradições da Ordem Maçónica Universal. Cooperará em tudo que tenda ao aperfeiçoamento social e à realização de obras justas, úteis, progressivas e moralizadoras. Mantém o princípio de inteira liberdade de consciência, preconizando a máxima tolerância e respeito mútuo, e proscrevendo o recurso à violência e à força. Não admite distinções entre os seus obreiros, excepto as que resultam da prática inflexível da virtude e da dedicação à Ordem, à Pátria e à Humanidade, e promove a abolição de tudo que denote superioridade de classes ou diferenciação de castas. Toma como base os princípios de - Lisberdade, Ordem e Progresso - e proclama o respeito pela fórmula - Sub lege libertas." (art. 2º)
1919: "A Maçonaria é uma instituição internacional essencialmente humanitária e altruísta, não se subordinando a nenhuma escola ou facção filosófica, política ou religiosa." (art. 1º)
"A Maçonaria é uma tolerante e progressiva e, sendo ritualista, possui emblemas e sinais cuja alta significação simbólica só pode ser revelada depois da iniciação." (art. 2º)
"Sendo universais os fins da Maçonaria, os maçons de todos os países formam uma e mesma família e os seus membros dão-se o tratamento de irmãos." (art. 4º)
"Os fins do Grande Oriente Lusitano Unido [...] são:
1) Procurar melhorar as condições sociais da humanidade;
2) Cumprir os seus deveres de fraternidade para com os seus semelhantes;
3) Propagar conhecimentos úteis." (art. 9º)
1926: "A Maçonaria é uma instituição essencialmente humanitarista, procurando realizar as melhores condições de vida social." (art. 1º)
"A sua forma é ritualista." (art. 2º)
"A Maçonaria é livre pensadora. (Vide nota contendo o artigo 1º da Constituição de Anderson)" (art. 3º)
"A Maçonaria exige o máximo altruísmo, o sacrifício de quaisquer interesses materiais e morais ao bem-estar dos semelhantes." (art. 4º)
"A Maçonaria estende a todos os homens os laços fraternais que unem os maçons sobre a superfície do globo. Recomenda aos seus adeptos a propaganda pelo exemplo e pela palavra falada e escrita, sob reserva da observância do sigilo maçónico." (art. 5º)
"A Maçonaria considera o trabalho e a solidariedade como deveres essenciais ao homem e honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual." (art. 6º)
"A Maçonaria é uma instituição universal, variando, porém a sua organização conforme as condições dos povos em que se acha estabelecida. Todos os maçons constituem uma e a mesma família e dão-se o tratamento de irmãos, sendo iguais perante a lei." (art. 7º)
Fonte: A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo - 2ª Edição, de A. H. de Oliveira Marques / Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1983 [pp. 67-76]
domingo, 21 de outubro de 2007
.'. ROSACRUCIANISMO .'.
(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 266, Outº-Dezº, 1977)
.'. NASCIMENTO DA ORDEM ROSACRUZ .'.
.'. A FRATERNIDADE ROSACRUZ .'.
.'. HISTÓRIA RECENTE EM PORTUGAL .'.